domingo, 22 de julho de 2007

Protocolo 6 (terça feira)

Protocolo 6 (terça feira)

Começamos o encontro nos alongando em dupla e a Paula nos sugeria para encontrar novos meios de fazer o trabalho, de modo que a dupla trabalhasse simultaneamente. Em seguida, começamos a caminhar pelo espaço. Fomos orientados a olhar um para o outro, para que todos se percebessem; feito isso, recebemos um texto do Mário Quintana, chamado "velha história".

Novo desafio: andando pelo espaço, íamos lendo o texto; familiarizado a ele foi proposto que enquanto caminhávamos, tinhamos que dizer um trecho que decoramos e ao parar, silenciar. Detalhe: quem ditava se andar ou parar era o próprio grupo. Depois foi feito o contrário.

A impressão que me ficou no decorrer do exercício (ou jogo?), é que estávamos num concerto do John Cage, conhecem? Ele é um músico (pirado), que trabalha com música minimalista entre outras coisas. Quem quiser conferir a minha impressão, tem um vídeo específico no you tube que a exprime muito bem. caminho: http://www.youtube.com/watch?v=hUJagb7hL0E&mode=related&search= . Cai direto no vídeo. Ou se preferirem, palavra chave "John Cage" e clicar no vídeo John Cage "4'33". É maluco!!!

Ah, também no começo, recolhemos trechos dos protocolos da semana anterior e discutimos sobre eles. Alguns trechos foram reescritos, outros colados num papel, que agora não me recordo o nome (minha memória está sendo minha inimiga nº 1 ultimamente). Ficou bunitu!

Uma das perguntas que foram feitas nessa discussão, que é sempre muto complexa foi a famosíssima "o que é a arte". Não tenho uma resposta mas tenho uma reflexão, por uma experiência: uma coisa que percebi é que, temos uma necessidade enorme de contar as coisas. E essas coisas ao ser contada tem que chamar a atenção de que ouve de algum modo. Nem sempre algo que achamos interessante, é também para outro. O que fazemos diante desse dilema? Confabulamos. Sabe aquele provérbio da vovó " quem conta um conto aumenta um ponto", pois é, é um pouco por aí. Mentimos! Mas não levemos isso para o lado pejorativo. É um modo de reconstruir algo que sentimos ou vivenciamos. Bem, partindo desse pressuposto, tive uma iluminação (sei, fui Ginsberguiano, agora): se mentimos para expressar algo da nossa realidade, a arte é a realidade por excelência. Isso sob meu opnto de vista.

Bem, falei demais. Por enquanto é isso...


diogo cardoso

Nenhum comentário: