segunda-feira, 23 de julho de 2007

Dois trechos... ainda para pensar

A primeira citação é de Flávio Desgranges sobre o teatro contemporâneo:

“ A encenação assume-se como prática artística específica, como uma escritura cênica que não precisa ser comandada pela lógica dramática, inaugurando uma nova relação entre texto e cena. A história a ser apresentada não é mais necessariamente o fio condutor da leitura proposta ao espectador, que está focada agora no multifacetado jogo de linguagem estabelecido pelos elementos que compõe a cena. Jogo este que pode convidar o espectador a: criar histórias; formular análises crítica; definir aspectos psicológicos para os personagens; ou conceber propriamente os personagens – já que a encenação pode oferecer apenas arremedos indefinidos de “personas”; entre outras concepções cênicas a serem elaboradas pelo espectador. A cena, dessa maneira, estrutura um discurso que se efetiva na ação autoral do receptor.”

Esta aqui é do Rubem Alves:
“[A resposta a um texto] Deve ser um outro texto. Assim, quando um professor lê um poema para os seus alunos, deve fazer-lhes uma provocação: “O que é que esse poema lhes sugere? O que é que vocês vêem? Que imagens? Que associações?”. Assim, o aluno, em vez de se entregar à duvidosa tarefa de descobrir o que o autor queria dizer, entrega-se à criativa tarefa de produzir o seu próprio texto literário.”

Beijinhos
Paula

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